quarta-feira, 31 de outubro de 2018

O verdadeiro dia das Bruxas...

Faz hoje 2 anos que o dia foi de terror. Faz hoje 2 anos que recebemos o resultado do primeiro espermograma e a nossa vida mudou completamente. Faz hoje 2 anos que nos inscrevemos nas consultas de PMA. Faz hoje 2 anos que travamos uma luta desigual contra este monstro da inferlitidade. Faz hoje 2 anos e ainda não conseguimos vencer esta batalha.

Dois anos é muito tempo, é tempo mais que suficiente para se ter um filho (ou dois!). Dois anos já teriam sido festejados de um nascimento se as coisas não tivessem levado este rumo.

Em dois anos sempre acreditei, que apesar de ser uma luta desigual, nunca me faltou a fé. Continuo aqui de armas em punho a enfrentar as batalhas da vida.

Um dia irei festejar este dia fazendo abóboras e bolos assustadores na melhor companhia. Um dia que estará mais perto que à 2 anos mas que ainda não é real.

Novembro vem com tudo de bom por favor!


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Os dias grandes

Esta é a última semana do meu tão amado horário de Verão. Dos dias grandes. Do chegar a casa com sol depois do trabalho.

Não lido bem com o horário de Inverno. Não gosto da pequenez dos dias, da falta de luz natural, das coisas que ficam por fazer por ser de noite tão cedo.

Para mim ficaria de bom grado no horário de verão o ano inteiro. Sinto-me com mais tempo neste horário, com mais energia, e a conta da luz agradecia (bastante!).

Sábado irei despedir-me dos meus dias grandes. Sábado poderá ser o fim e o começo de muita coisa.

Que venha sábado carregado de boas energias (e de coragem)!

Despeço-me aqui do meu horário de Verão, esperando ansiosamente o seu regresso. Pedindo que estes dias cada vez mais pequenos de luz natural sejam enormes com luz dentro dos nossos corações!


terça-feira, 25 de setembro de 2018

E se forem gémeos?

Desde que iniciamos esta vida de PMA que digo ao meu marido que vão ser gémeos... A resposta é quase sempre  mesma "lá estás tu a por idéias na cabeça e depois apanhas uma desilusão".

Para a maioria das pessoas seria um problema. Para mim seria o sonho de uma vida.

Desde muito nova que digo que gostava de ter gémeos, um menino e uma menina e ficava logo despachada. Isto tudo muito antes de sequer pensar nestas voltas da vida e apesar de ter tido sempre medo de não conseguir ter filhos (apesar de não ter nenhum problema e estar tudo bem comigo). Talvez seria o meu sexto sentido... não sei...

Pois bem, as palavras que dizemos têm peso e isto secalhar é a vida a dizer: " ah queres gémeos? Vais ter que penar menina! Esta poderá ser a única forma para o que desejas".

Se um dia tiver gémeos vou considerar ter mais atenção as palavras que digo e ao que desejo porque as vezes temo não ser suficientemente forte para aguentar estas formas que a vida tem de nos dar o que pedimos...

Sejam gémeos ou não o importante é que consiga realizar o sonho do ser mãe, isso sim é o mais importante ❤🍀


domingo, 23 de setembro de 2018

Entretanto por aqui...

Comecei este blog no início do ano, com o intuito de escrever por aqui o que me ia na alma, se inicialmente mantive publicações diárias, estas foram diminuindo e neste momento não chegam a ser mensais... não é por falta de conteúdo, porque este ano a minha vida tem sido uma autêntica montanha russa, mas falta-me o tempo, e para ser sincera outras vezes falta-me a vontade ... sim houve momentos que a infertilidade puxou-me o tapete, deitou-me ao chão e conseguiu tirar-me o alento e o sorriso, até a mim que encarei sempre isto da melhor forma possível.

Como dos fracos não reza a história limpamos as armas e estamos com tudo nesta guerra!

Vou tentar escrever mais, espero que sobre dias mais felizes, mas de momento é o que temos!!!

Já passaram 3 anos desde que tentamos ser pais, já passaram 18 meses desde a primeira consulta de PMA. Nem todas as mães esperam 9 meses por um filho, há as que as vezes esperam menos e depois há as que como eu já esperam à  anos... (e continuo a esperar) que cheguem rápido às nossas vidas porque temos tanto amor para vos dar.

Vão ser tão felizes, vão ter um cão, ou mais se quiserem, um jardim grande onde iremos ter baloiços e onde vão poder correr e brincar, vamos fazer bolachas juntos, e vão poder jogar a bola com o pai (sim porque vocês terão o melhor pai do mundo). Iremos ver o por do sol em silêncio e contar as estrelas.

Um dia faremos tudo isto e nesse dia vai valer a pena todo o tempo que tenho esperado.


  • Que estes últimos 3 meses de 2018 nos tragam o que pedimos insistentemente a cada ano que passa❤



terça-feira, 3 de julho de 2018

PMA

Nas nossas muitas idas ao PMA (procriação medicamente assistida)  da MAC (Maternidade Alfredo da Costa) ele pergunta quase sempre se eu gostava de viver ali. Ali mesmo no centro de Lisboa, eu digo que sim, mas que não precisávamos ter carro, andávamos de transportes. Gosto daquela zona, gosto dos jacarandás em flor mesmo quando sujam o carro todo quando o deixamos 2 ou 3 horas no estacionamento.
Perco anos de vida de todas as vezes que temos de ir à MAC e saímos de casa as 6 da manhã para não apanhar transito. 
Moramos a cerca de 70 Km da capital e custa quando que temos de ir ao PMA mais que uma vez por semana. Mas é este o único custo que temos. Até agora não pagamos rigorosamente nada, tudo é financiado pelo nosso Sistema Nacional de Saúde. O preço aqui paga-se em tempo, em forma de listas de espera, em meses que custam a passar, em dificuldade em gerir a ansiedade.
Sempre acreditei no nosso sistema de saúde, na competência dos médicos e nos meios de diagnostico. Estamos à mais de 13 meses inscritos para tratamento de fertilidade na MAC e a esses 13 ainda se devem juntar mais alguns, contudo conto realizar algum tratamento até ao final do ano. 
Temos a mania de dizer que demora muito tempo, que o os centros de PMA públicos não funcionam bem avaliando apenas o tempo que esperamos.
Muitas vezes somos nós que não temos a melhor atitude perante o desespero. Temos culpa nas listas de espera.
Ainda não há um sistema unificado, logo um casal pode andar a fazer diagnostico em mais que um centro PMA, ficando inscrito para tratamento em mais que um centro PMA e ir fazer tratamento no que "chamar primeiro".
Quando me inscrevi para consultas de PMA também me inscrevi na MAC e no Hospital de Santa Maria, e decidimos que iríamos ser seguidos no PMA que nos chamasse primeiro (isto antes de qualquer exame de diagnostico), tinha o desejo que fosse na MAC, embora não consiga explicar o porquê, e assim foi.
Após a primeira consulta na MAC desmarquei a consulta em Santa Maria, não achei justo estar a tirar vaga a outra pessoa. 
Muitas pessoas são seguidas nos 2 sítios e fazem exames de diagnostico em duplicado, o que para além de aumentar o tempo de espera aumenta também a despesa pública, porque não é por nós não pagarmos nada que as coisas não têm um custo associado.
Se houvesse uma unificação dos centros PMA e as pessoas só fossem seguidas num só local (estou a falar dos centros PMA públicos) certamente que as listas eram menores, que não teríamos de esperar tanto para uma primeira consulta, ou para o marido conseguir agendar um espermograma. 
Eu entendo que o desespero fale mais alto para muitas pessoas, que querem conseguir engravidar o mais rápido possível, mas este tipo de atitude só nos está a prejudicar. Sejam conscientes, por favor.
 



segunda-feira, 11 de junho de 2018

A pílula

Tomei a pílula durante quase 10 anos.

Deixei de tomar alguns meses antes de tentar engravidar (cerca de 10 meses antes para ser mais explicita), de forma a fazer a dita "desintoxicação".

A toma da pílula deixa-nos sempre um peso em cima quando não conseguimos engravidar logo assim que começamos a tentar. Sabemos de inúmeros casos de pessoas que conseguiram engravidar logo no mês seguinte a deixar a pílula, mas isso não nos sossega, não nos conforta.

Quando nos primeiros meses de tentativas para engravidar não conseguimos sucesso quase todas atribuímos a culpa aos anos que tomamos a pílula, e consequentemente sentimos o peso dessa culpa.
Eu tomei a pílula 10 anos sem qualquer necessidade. 

Hoje, quase 4 anos depois de ter deixado de tomar a pílula, penso nunca mais voltar a fazê-lo.

Hoje, depois de muitas conversas com amigas que deixaram de tomar a pílula, umas por estarem a tentar engravidar outras por se esquecerem frequentemente da toma e terem optado por outro método, todas chegamos à mesma conclusão : a pílula retira o desejo sexual. 

A minha vida sexual melhorou desde que deixei de tomar a pílula.

Se algum dia voltar a usar algum método contraceptivo a pílula estará fora de questão. 

terça-feira, 8 de maio de 2018

Aprovação social

Sempre me questionei o porquê de algumas pessoas terem a necessidade de publicar tudo o que fazem nas redes sociais quando não são uma figura pública ou não estão a ser pagos para isso, devido a publicidade ou parcerias.
Pois bem, acredito que essas pessoas procuram aprovação social, que giram a sua felicidade em torno de uma centena de "likes".
Quem sabe o que é e de onde vem não precisa da aprovação dos outros. Quem sabe o seu papel na sociedade e na vida não se precisa de vangloriar ou de aumentar o ego com a aceitação dos outros.
As pessoas deixaram de viver o momento para reportar o momento aos outros. O importante é que os outros vejam onde estiveram, com quem estiveram, o felizes que são... 
A juntar a isto também está o fenómeno crescente do "eu é que sou dono da verdade" onde as pessoas julgam-se no direito de comentar/ofender as fotos de terceiros... e isto não acontece só com figuras públicas... basta ter só um maior número de seguidores para despertar a inveja alheia... em pouco menos de 2 meses duas pessoas que sigo, uma minha amiga e outra que só conheço das redes sociais denunciaram esta situação, e acho que fizeram muito bem. 
Pessoas que não têm nada de bom para dizer aos outros o melhor que fazem é estarem calados. 

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Eu nunca...

Eu nunca vou vou sentir coisas que a maior parte das mulheres sente.
Eu não vou simplesmente descobrir que estou grávida. Não vou saber o que se sente quando se engravida naturalmente e se dá essa notícia ao marido.
Eu nunca vou sentir isto que para a maioria das mulheres é "normal", porque a minha normalidade é outra.
A nossa normalidade tem o nome de azoospermia e abriu a porta à infertilidade.
Se um dia tiver filhos eles saberão que ao contrário das outras mães eu não esperei por eles 9 meses, eu estou à espera deles desde 2015. 
Se um dia ficar grávida não vai haver a magia da descoberta, irá apenas ser um momento de ansiedade entre o tratamento de fertilidade e a confirmação (ou não) do sucesso do mesmo. 
Isto é difícil, isto dói, isto não é para qualquer pessoa. 
Deus, aceito o que escolheres para nós, mas não desisto sem antes lutar. 
Levanto a cabeça e peço-te com todas as minhas forças a tua ajuda nesta luta. 
Há dias em que só temos a nossa fé, e é o suficiente.
Que nunca nos falte força e coragem, amor e paz no coração.



sexta-feira, 13 de abril de 2018

Saber ser sol em dias de chuva

A força de acreditar é meio caminho andado para qualquer conquista. Sermos positivos, ter força e acreditar é fundamental. Pelo menos para mim é assim.

Abril está a começar cheio de sol, apesar da chuva. Há sol. No meu coração.

Nunca rezei tanto, nem agradeci tanto como nos últimos tempos. Mas sinto que os meus pedidos foram ouvidos. Espero que continuem sendo.

Abril está a ser cheio de sol, com noticias maravilhosas das pessoas que me rodeiam, e eu fico tão, mas tão feliz por isso.

Como é possível não estar feliz com tantas coisas boas a acontecer à minha volta?


sexta-feira, 23 de março de 2018

Quando é que perdemos a capacidade de ficar felizes pelos outros?

Vamos só aqui esclarecer uma coisa:

NÃO EXISTE INVEJA BOA.

Esclarecido o conceito acima, tenho ficado bastante triste com as atitudes de algumas pessoas que me rodeiam, e por isso tento resolver as coisas, como sei que as pessoas não vão mudar, mudo eu. Afasto-me. Já não tenho idade ou paciência para amizades ciumentas, para pessoas invejosas e incapazes de ficar felizes pelos outros. Para mim não dá.

Tenho 33 anos e em toda esta idade não cedi a amizades ciumentas. Não é por uma pessoa ser minha amiga ou eu a considerar minha melhor amiga que não pode ter outros amigos, que não possa considerar outras pessoas melhores amigas. Eu própria tenho 2 melhores amigas completamente diferentes uma da outra que não amigas sequer, são apenas conhecidas.

Há pessoas na nossa vida que já tiveram um papel muito importante, mas que o tempo e as circunstâncias da vida acabaram por nos afastar, no entanto eu continuo a gostar dessa pessoa da mesma maneira, a ficar feliz por ela, a querer o melhor, e sei que ela sente o mesmo em relação a mim, hoje podemos não ser as melhores amigas, mas já o fomos durante muitos e bonitos anos e isso ninguém pode alterar, e ainda bem, porque as memórias nossas que tenho são maravilhosas. É uma pessoa que poderá sempre contar comigo e com a qual poderei sempre contar. O problema é que há "amigas" ciumentas e possessivas que não conseguem entender isso. Que tão sempre a arranjar assunto, como se ainda andássemos na escola primária!

Um dia uma suposta amiga disse-me "tenho inveja tua". Eu dei um sorriso amarelo e afastei-me. Como é que esta pessoa poderia ter inveja minha? Como é que os amigos podem ter inveja?
EU NÃO TENHO INVEJA DOS MEUS AMIGOS, eu fico contente por eles, sempre fiquei.

O sentimento de às vezes também querer alguma coisa que algum amigo tinha não era de inveja, eu nunca quis ter nada por alguém também ter, mas por achar que me fazia falta. Por exemplo, na universidade só no 3º ano os meus pais conseguiram comprar-me o computador portátil, eu também gostava de ter um mais cedo, mas não invejava os meus amigos que tinham.

Porque é que há tanta preocupação com o que os outros têm? Eu não sou os outros. Não me interessa se a pessoa tem um carro topo de gama e se o meu já tem 10 anos, interessa-me que o meu aguente mais alguns anos porque gastar dinheiro em carros é no meu ver o pior dos investimentos. Não me interessa se vai novamente para o Brasil e eu só vou ao Algarve, até porque nunca quis ir ao Brasil! 

Continuo a ficar contente pelos meus amigos, a querer o bem dos outros. Continuo a querer para os meus amigos o mesmo que quero para mim, o melhor do mundo. Por isso não me venham chatear a cabeça com conversas do tipo " a não sei quantas comprou um carro", " não fazem mais nada a não ser passear", "está grávida outra vez", " tão cheios de dinheiro" que a minha resposta vai continuar a ser: AINDA BEM! FICO FELIZ!! 


quarta-feira, 14 de março de 2018

Não me apetece escrever

E sim, é isto! Não tenho vontade de escrever, não tenho vontade de dizer nada, a minha cabeça anda ocupada, todos os dias a todas as horas com uma pessoa muito querida que está a passar por uma situação difícil e eu sinto que os meus problemas são grãos de areia ao lado das grandes batalhas que esta pessoa já travou. Sinto que estar-me aqui a queixar da minha vida é quase ser mal agradecida. 
Não me apetece escrever, mas tenho tido grandes conversas com Deus, tenho rezado bastante e tenho agradecido. Não me apetece escrever porque o meu coração apertado e preocupado com outra pessoa. Que nunca percamos a capacidade de nos preocuparmos com os outros ou de ficarmos felizes pelas suas vitórias. Vais vencer e eu vou ficar muito, mas muito feliz por ti!




quinta-feira, 8 de março de 2018

Dia Internacional da Mulher

Hoje celebra-se o Dia Internacional da Mulher, hoje em todo o mundo centenas de mulheres vão ser violadas, obrigadas a casar ou mortas às mão de maridos e namorados violentos.

Hoje em todo mundo muitas mulheres não vão ter o que comer ou o que dar de comer aos seus filhos.

Hoje em todo o mundo as mulheres são impedidas de chegar a lugares de chefia dos seus empregos apenas por serem mulheres.

Hoje em todo o mundo vão reduzir este dia a um jantar de gajas histéricas de volta de um gajo a despir-se...
 
Cresçam! E entendam o que este dia realmente significa. Mais de um século depois continuamos a lutar pelos mesmos direitos que levaram à criação deste dia. 

Muitas mulheres irão festejar o dia num jantar com as amigas, mas quando chegarem a casa terão um marido violento à sua espera. Outras quantas serão assediadas amanhã no trabalho. E outras ainda terão o dobro do trabalho para fazer em casa pois o marido não "ajuda". Será que estaremos a festejar da maneira correta? Será que o festejo em forma de jantar com um gajo a despir-se pelo meio vai ajudar em alguma coisa neste tipo de violência física e psicológica? Ou os sorrisos de hoje vão apenas disfarçar as lágrimas de todos os dias?






terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Doida por ténis!

Pois bem, assumo aqui perante vós a minha grande pancada por ténis! Sim, é muito difícil para mim resistir a uns bonitos ténis em promoção!

Depois de ter conseguido resistir aos saldos no site das Adidas tentando interiorizar que eu não preciso de mais ténis a vida mete-me à frente uns Vans com quase 60% de desconto no Outlet da Sport Zone, e se o ano passado já tinha trazido de lá uns Vans a 15€ desta vez consegui a 25€ (mas são muito mais bonitos que os outros!) e pronto não consegui resistir e vieram comigo para casa!

Não sou esquisita em relação a marcas, mas tenho um carinho especial pelos Gazelle e Campus das Adidas (foi aos Campus que eu resisti nos saldos, estavam a 50% - uma pechincha -  mas nada está perdido porque ainda lá estão à minha espera!!!) e os Converse All Star de cano baixo.

Apesar desta pancada compro sempre em promoção, recuso-me a dar muito dinheiro por uns ténis! Por isso estou sempre atenta aos Outlets das marcas, inicio da temporada dos saldos (para conseguir apanhar o meu tamanho!) e promoções! Tenho sido muito bem sucedida neste ponto!

E não, não servem só para calçado de fim de semana, são o meu calçado habitual no trabalho, o ideal para quem passa muito tempo de pé!

Lembro-me do primeiro dia de trabalho no meu emprego atual, quando não sabemos ao que vamos e queremos ir minimamente apresentáveis. Escolhi uns sapatos, quase rasos e aparentemente inofensivos, que se revelaram uma péssima escolha. Assim, de acordo com o que disseram no emprego nunca mais tive problemas "traga sempre calçado confortável!" isto sim foi música para os meus ouvidos!





quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Felicidade também é isto!

As cores invadem-me a sala, corro para a janela como uma criança, e lá ao fundo no horizonte a mãe natureza contempla-nos com um por do sol maravilhoso. Chamo-o para ele também ver. Ele vem, sabe que não o vou parar de chamar até que ele venha. Eu sei que ele não tem o mesmo entusiasmo que eu ao apreciar o por do sol, não importa, eu consigo ficar em euforia pelos dois.
Aprecio o momento, tiro fotos, parece que estou a assistir a algo que nunca vi, e sou assim feliz, com as maravilhas da natureza. Faço o mesmo com os arco-íris ou com o nascer do sol.
Não sou de estar fechada, quando penso em passeio de fim de semana não penso em ir para dentro de um centro comercial, penso sim em estar em contacto com a natureza e nisso somos iguais.





terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O apelido

Casei em 2014 e para espanto de algumas pessoas eu não adotei o apelido dele. Ele já sabia que isso não ia acontecer, e não lhe fez qualquer confusão.

Na minha família nunca nenhuma das mulheres adotou o apelido do marido, todas mantemos a nossa individualidade, todas temos noção que não é isso que faz um casamento mais feliz ou uma relação mais duradoura.

Foram os meus pais que me deram este nome e a vida, foi com ele que fui batizada, não seria um casamento que iria mudar o meu apelido.

Para mim fazia e continua a fazer sentido mantermos cada um o seu nome, e sermos a família X Z em vez de sermos só a família Z.

Porque é que as pessoas não ficam admiradas ou incomodadas quando é o contrario? Quando o marido não quer usar o apelido da esposa, sim porque também é possível essa situação.

Nunca houve nenhum comentário deselegante mas a pergunta foi feita várias vezes por várias pessoas da família do marido e até amigos, ao que cheguei a responder em tom de brincadeira que se ele ficasse com o meu apelido eu ficaria com o dele. Brincadeira mesmo, porque nunca sequer ponderei isso.

Para mim um apelido não acrescentaria em mais nada à nossa felicidade, ele não iria ser mais feliz se eu usasse o mesmo apelido que ele. Durante 11 anos de namoro nunca me fez falta o apelido dele, da mesma forma que não me fez nestes quase 4 anos de casados.

Entendo e respeito todas as pessoas que o optam por fazer de livre vontade, que se sentem mais realizadas com isso, da mesma forma que quero ser respeitada por não o ter feito.

Ainda bem que estamos num país mais ou menos livre e democrático em que eu por meu livre arbítrio possa não usar o apelido do meu marido!






segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Alma gémea

Ele é a minha alma gémea, é tudo o que procurei e reconheci-o desde o primeiro dia que o vi.
Pensamos da mesma maneira sobre os mais diversos assuntos, acabamos as frases um do outro ou adivinhamos o que o outro estava a pensar, sim isto não é difícil porque já são 15 anos juntos, mas desde que me lembro que foi assim.
Depois é o oposto de mim, que falo pelos cotovelos, ou quando tenho de o arrastar de casa porque nunca quer ir a lado nenhum, vai quase sempre contrariado e acaba sempre por gostar e por se divertir tanto ou mais que eu. 
É a minha alma gémea, o meu amor para a vida toda!
É quem atura as minhas neuras e ouve as minhas angustias. 
É quem me tira do sério muitas das vezes.
Mas é a pessoa que escolhi para o resto da minha vida!
Isto não é só amor, é muito mais que isso!


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Férias

Estamos em Fevereiro, e eu que não perco uma boa oportunidade, já tenho as férias reservadas. 

Nos últimos 4 anos tiramos férias fora da época alta, optando por meses como maio, junho ou outubro e temos sido bastante felizes nessas nescolhas! Nesta altura já tenho as reservas feitas, aproveitando os preços baixos que se praticam nos meses frios onde ainda ninguém se lembra da praia e do calor e que servem para encher os hotéis! 

É o terceiro ano que reservo as férias logo nos primeiros meses do ano e é a terceira vez que apanho bons preços, embora a nossa zona de eleição no Algarve tenha vindo a aumentar ligeiramente de preço. Por norma pago por 4/5 noites de alojamento com pequeno almoço o mesmo que uma pessoa que planeia as férias de véspera paga por 2 noites. E como já sabem eu detesto perder/esbanjar/estragar dinheiro!

Ao longo do ano tiramos habitualmente 3 períodos de férias, o primeiro que corresponde a uma semana tiramos entre fevereiro a abril, o segundo entre finais de maio e junho que normalmente é de 2 semanas e o terceiro que é quase sempre outra semaninha no mês de outubro. É quase sempre assim que dividimos as nossas férias, longe das confusões dos meses de julho e agosto!

Ansiosa que chegue a nossa primeira semana de férias que este ano já será só na primavera!



quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Dia dos Namorados

Hoje celebra-se o dia do Amor. 
Hoje celebra-se o consumismo desenfreado.
Hoje as redes sociais são invadidas de declarações de amor. De rosas. De chocolates. De piroseiras.
E depois? O que fazem ao amor o resto do ano? Guardam numa caixa para abrir só neste dia? 
Eu gosto de flores, mas gosto de flores o ano inteiro.
Eu amo chocolate, e como é óbvio amo chocolate o ano inteiro.
Já fomos algumas vezes jantar fora neste dia e não é bom. Há filas para tudo. O teu restaurante favorito está cheio. Tens de esperar por uma mesa. Arranjas mesa. Tens de esperar pelo pedido (muito mais que o normal). Ainda tás a pedir a sobremesa e o empregado pergunta se queremos já os cafés e a conta (porque há mais casais à espera para jantar).
Deixei-me destes filmes. Hoje o jantar é em casa. Ele trata do jantar e eu da sobremesa. Abrimos uma boa garrafa de vinho e celebramos o amor hoje, amanhã e sempre!




segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Esperar

Considero-me uma pessoa forte psicologicamente, apesar de choro fácil, tento ver o lado positivo das coisas, tento não me deixar abalar pelas situações, mas não é fácil, acreditem que não é.

Quem se aventura nesta viagem da procriação medicamente assistida (PMA) num hospital público tem que estar preparado psicologicamente e tem que ter muito jogo de cintura para lidar com todo o tipo de informações e situações que vamos enfrentando ao longo do processo.

Aqui não há falinhas mansas, aqui é tudo dito a frio, dói, queima a alma, mas sinceramente agradeço que assim seja. Não aguento o "tenham calma", "vão ver que quando relaxarem vão conseguir" ou o " se não pensarem no assunto irá acontecer". Não. Não irá acontecer sem a intervenção da ciência. 

Não é fácil esperar 5 meses por uma primeira consulta. Não é fácil esperar quase 2 meses para a segunda consulta. Ninguém nos preparou para isto. Não é fácil ouvir que temos de fazer mais exames. Esperar mais 2 meses para mostrar esses exames. Marcar novos exames e esperar. 

Esperar foi a minha palavra do ano em 2017! Por vezes já não sei se "quem espera sempre alcança" ou se "quem espera desespera".

Esperamos mais de 6 meses por um resultado de um exame genético e agora continuamos à espera para marcar consulta para saber dos resultados. Conto já com quase 16 meses de espera desde que nos inscrevemos para a primeira consulta. Sei que vou esperar muito mais. 

Logo eu, que odeio esperar, que detesto que me peçam para ter calma, eu aprendi a esperar, quem diria! Se é fácil? Se fosse fácil não era para nós! Deus dá as maiores batalhas aos seus melhores guerreiros, só espero estar à altura do desafio.

E não, não me estou a queixar, é só um desabafo. É só para as pessoas que como eu quando procuraram informações na primeira pessoa na internet tenham noção que todo o processo é lento, demorado, que temos de ter algum estofo para aguentar esta espera, que não nos podemos esquecer de viver a vida enquanto tudo isto decorre.

E sim, esperar é para meninos, quando comparado com a brutalidade da intromissão e comentários dos outros sobre a temática "ter filhos". Quando esses comentários vêm de pessoas que até passaram pelo mesmo, custa, custa muito. A nossa opção de não expor a situação possivelmente também contribui para que todos se achem no direito de opinar. Não querem mais que nós. Mas nós não queremos dramas, não queremos juízos de valor e acima de tudo não queremos ser os "coitadinhos que não conseguem ter filhos". 

Não, não estou a exagerar, já vi de perto a infertilidade de outros, esses mesmo que agora nos pedem filhos sem sequer por a mão na consciência. Já vi o drama que foi. Não quero isso para nós. Não quero ter de lidar com as frustrações e expectativas dos outros. Já nos chegam as nossas. Acima de tudo, sabemos quem somos e o que somos, não vamos passar a ser coitadinhos só porque precisamos da ajuda da ciência para ter filhos. 

E às pessoas que tentam impor filhos aos outros, vivam a vossa vida, não se preocupem em opinar sobre a nossa. Se não têm nada de bom pra dizer estejam calados.  


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

O nosso problema de infertilidade

O problema de infertilidade de um casal nunca é um problema de um dos elementos, é sempre do casal, podendo ter fator feminino ou masculino ou mesmo sem ter uma causa definida o problema é sempre do casal.

No nosso caso o fator é masculino, mas será em mim que irá incidir o tratamento, logo é um problema dos dois.

Não foram poucas as vezes que desejei que o fator de infertilidade fosse meu, porque provavelmente seria mais rápido ou por não ser tão invasivo para nós dois.

O nosso problema de infertilidade chama-se azoospermia e é das principais causas de infertilidade masculina.

No mesmo dia que o nosso mundo caiu nós secamos as lágrimas e fomos à luta, no dia em que recebemos o resultado de um espermograma feito num laboratório de análises clinicas eu soube que não podíamos esperar mais e inscrevi-nos para as consultas de apoio à fertilidade para os centros PMA da nossa área de residência.

Hoje, com a devida distância desse dia, agradeço todos os dias o avanço da medicina e da ciência porque à pouco mais de 30 anos o nosso problema estaria dado por encerrado por não ter solução.



quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Devo ter sido uma princesa!

Para quem acredita em reencarnação e em vidas passadas provavelmente irá compreender-me mais facilmente, sinto que já vivi muito, que já ando cá à muito tempo, sou uma alma velha. Raramente me conseguem enganar ou passar a perna, e muito menos me tomar por parva!
 
Às vezes por graça digo que já devo ter sido uma princesa, e desenganem-se se pensam que é porque gosto de ser servida ou apaparicada, nada disso! 

Eu, numa outra vida, devo ter sido uma princesa porque adoro castelos! Sim, adoro visitar castelos, subir à torre mais alta e ser feliz enquanto aprecio a paisagem (bem secalhar não fui princesa, fui um guarda do castelo!).

Na minha ideia a princesa que fui numa outra vida teve um fim trágico, deve ter sido decapitada ou queimada viva, isto explicava o pavor que tenho que me apontem facas ou tesouras ou o meu medo irracional do fogo.

Assim de repente, posso muito bem ter sido uma Maria Antonieta ou uma Joana d´Arc!!!




terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Casa cheia

Gosto de ter a casa cheia
Gosto de receber
Gosto que se sintam bem 
Gosto de os ouvir, rir, falar alto
Este fim de semana tivemos a casa cheia
De pessoas e de amor
E foi tão bom!
Prefiro sempre os presentes às prendas
É tão bom quando estão todos presentes!


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Os filhos dos outros

É tão fácil educar os filhos dos outros, somos sempre tão assertivos!
Se fosse meu filho não fazia isto ou se fosse meu filho não comia aquilo, sim, assumo que tenho várias vezes estes pensamentos relativos aos filhos dos meus amigos e familiares, e sim, tenho medo que a vida me mostre da pior maneira que também eu vou errar na educação dos meus filhos - sim, porque neste momento o que me está a mostrar é que para já não há filhos para educar!!!

O tipo de educação que pretendo dar aos meus filhos - quando eles chegarem - não está muito longe da que eu tive, e devo dizer que sou uma pessoa muito feliz, bem resolvida e agradecida por tudo o que tenho.

Enquanto bebé e criança nunca precisei de um tablet para ver o panda enquanto a minha mãe me dava de comer, nem nunca precisei de 1500 brinquedos, pois brincava sempre com os mesmos, nunca fiz guerras na hora da refeição e muito menos decidia o canal de TV quando os adultos estavam a ver TV.

O que realmente acho é que alguns dos pais de hoje em dia - não digo que sejam todos assim - são escravos dos filhos, é tudo à maneira da criança e acho que isso depois se irá refletir na formação da personalidade da criança. Se cresce a pensar que tem tudo o que quer ou que manda em tudo um dia mais tarde quando se confrontar com situações de contrariedade não as sabe resolver porque nunca ouviu um bom e valente NÃO.






quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

EU

Olho a vida de frente... encaro todos os meus problemas e não procuro problemas onde eles não existem... 
Eu... que olho para trás, não só para recordar os bons momentos mas também para não me esquecer do que a vida nos vai ensinando...
Tenho defeitos (todos temos, lamento informar!) e por vezes até tenho um feitiozinho de merda...
Eu... que adoro viver, conviver, reviver, tenho saudades do que passou mas que nunca digo adeus... prefiro um até já... 
Eu, que por vezes sou forte, também tenho os meus momentos de fraqueza... e às vezes só preciso de um sorriso (dispenso sorrisos amarelos!) ou de um abraço apertado!
Eu que continuo lamechas como sempre, como só eu sei ser... cresci... aprendi... e continuo sempre a aprender...
Acima de tudo sou eu, sempre, em todas as ocasiões, não nego as minhas raízes e acima de tudo dou graças a Deus por todos os valores que me transmitiram!


quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A mania da ostentação

Nunca fui de luxos e sempre fiz e faço vida à medida da minha carteira. Aqui por casa até somos um bocadinho familiares do tio Patinhas, não sou forreta, mas não gosto de gastar mais quando posso gastar menos.

Aproveito promoções e cupões nos supermercados. Hoje em dia há coisas que não compro sem estarem em promoção com 50% de desconto (detergentes, café, champô, cremes, etc) e aproveito os saldos para comprar em marcas como as Adidas que tanto apreciamos aqui por casa.

Faz-me muita confusão as pessoas que têm que ter qualquer coisa só porque os outros têm, seja uma roupa de marca, fazer uma viagem ou um carro.

Muitas dessas pessoas ficam endividadas em créditos para manter uma aparência e um estilo de vida que não corresponde à realidade. 

Estas pessoas tendem a esquecer-se que o fundamental é SER não é ter. Esta estranha mania da ostentação deixa-me completamente doida! Porquê querer parecer ser algo que não se é só para andar bem visto aos olhos dos outros?

As melhores coisas da vida não se compram!

Imagem do link abaixo
http://englishblogmmg.edublogs.org/files/2014/09/things-money-cant-buy-11k3jij.jpg




terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Saudade

Saudade, palavra tão nossa, tão cheia de sentimento
Saudade é o preço a pagar pelos bons momentos que já vivemos
Saudades de quando era tão feliz e não sabia
Saudade de quando a vida era simples
Saudades das minhas melhores amigas que levei 18 anos a encontrar
Saudades dos meus tempos de universidade
Mas quando queremos o longe faz-se perto e o abraço apertado acontece
Que 2018 nos traga abraços e momentos felizes



segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Aprender a relativizar

Temos um problema de infertilidade, mas isto não nos condiciona enquanto pessoas, fazemos a nossa vida normal. Temos uma casa, emprego, família, amigos e saúde. Sempre que coloco tudo na balança vejo sempre mais coisas positivas, o meu copo está sempre meio cheio!

Durante estes dois últimos anos aprendi a esperar, a ter paciência, a não querer ter o controlo sobre tudo e a relativizar a situação. Eu ainda não tenho um filho, mas conheci pessoas que perderam os deles com dias de vida. Temos um problema, mas conheci pessoas com problemas de saúde graves e que nunca baixaram os braços ou deixaram de sorrir. Que direito tenho eu de me queixar da vida? Nenhum! É levantar a cabeça e encarar os problemas de frente! Um dia li algures: " Não digas a Deus que tens problemas, diz aos problemas que tens um grande Deus!" 

Acho que a pergunta "porquê a nós?" nunca me incomodou, porque nunca a achei pertinente, se assim fosse então "porquê aos outros?".

E é assim que vão passando os nossos dias, firmes e fortes e com a maior fé do mundo enquanto aguardamos numa lista de espera de um hospital público que teima em testar a nossa paciência! 






sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Sou feliz com pouco!

Sou feliz com pouco
O por do sol
Um passeio à beira mar
O riso de uma criança
Um abraço apertado
Rir à gargalhada
Estar em família 
Contemplar a natureza
Fazer um bolo
Ouvir os passarinhos
Sentir o cheiro da terra molhada
Visitar castelos
Ouvir os ensinamentos dos mais velhos
Sou feliz com pouco.
Mas tenho tanto que me faz feliz.




quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Escolhas saudáveis!

Há pessoas que nunca têm nada de bom para dizer.
Há pessoas que desvalorizam sempre as nossas vitórias.
Há pessoas que tentam fazer-se sempre superiores.
Há pessoas que são negativas e más.
Há pessoas tóxicas.
Há pessoas que quando saem das nossas vidas fica um maravilhoso dia de sol!

Em 2018 vou manter-me afastada dos que não tenham a mesma vibração que nós. Dos que nunca dizem algo de bom dos outros e para outros. Dos que não ficam contentes pelos outros.
Dos que vivem de aparências. Dos invejosos. Dos pobres de espírito.

Em 2018 procuro pessoas de bom coração. De bem com a vida. De sorriso fácil. De olhar doce.

Em 2018 vou continuar a ficar feliz pelos outros. A celebrar as vitórias dos outros como sendo minhas. A dizer palavras de incentivo. A ajudar sempre que conseguir. A continuar a ser verdadeira. A ser simples. De bem com a vida. A ser agradecida. A ser feliz.

OS OUTROS NÃO TÊM A CULPA DOS NOSSOS PROBLEMAS!




quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Janeiro fora, mais uma hora!

Já diziam os antigos "Janeiro fora, mais uma hora, e quem bem contar hora e meia há-de achar."

É com enorme felicidade que noto os dias a ficarem maiores! Eu sou do sol, do calor, das flores e dos passarinhos! Gosto dos dias grandes, dos dias quentes, da primavera e do verão.

Não gosto dos dias pequenos, nem dos dias nublados ou dos dias frios. Não gosto de ter de vestir muita roupa, não gosto de sentir frio, de não sentir as pontas dos dedos ou a ponta do nariz.

Gostava que tivéssemos sempre pelo menos 12 horas de luz natural, sou mais feliz quando os dias são maiores que as noites, faço mais coisas, tenho mais tempo! 




terça-feira, 23 de janeiro de 2018

A conta conjunta!

Coloco a minha cara mais séria e digo-lhe: "temos de falar", ao que ele remata "diz lá" eu continuo "acho que a nossa relação não está a evoluir, acho que assim não vamos a lado nenhum" ele resmunga um "tás parva ou quê?" e eu em grande esforço para não me desmanchar a rir digo-lhe " sim a nossa relação está condenada ao fracasso, nós não temos uma conta conjunta no Facebook!" e desmanchamo-nos os dois a rir!

Sim a nossa vida é muito isto, rir de coisas parvas, sim porque é parvo ter uma conta conjunta no Facebook, não, não é amor, é desconfiança!

E não, não é prático, nem para nós que temos uma "Rafaela e João Antunes" ou um "António Joana Silva" (são nomes meramente ilustrativos), mas imagino que também não o seja para quem tem a conta conjunta, digo isto porque estava aqui a imaginar uma conversa no chat, que seria mais um monólogo, visto que a certa altura já ninguém sabe quem disse o quê. Da mesma forma que alguns comentários em publicações se podem tornar um pouco constrangedores quando publicados por um perfil conjunto!

Vamos lá manter a nossa individualidade enquanto cidadãos do mundo! Acreditem que ninguém é mais fiel só porque há uma conta conjunta no Facebook!!



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

O bom filho à casa torna

Nasci na maternidade Dr. Alfredo da Costa em meados dos anos 80. Não sou do distrito de Lisboa, mas uma gravidez de risco devido a hipertensão levou a minha mãe à mais antiga maternidade do país para eu nascer.

Em mais de 30 anos de vida nunca lá fui, nunca lá tinha passado nem sabia onde era. Em março do ano passado entrei no edifício pela primeira vez, não pelos melhores motivos, mas sinceramente senti-me em casa.

O edifício tem um ar imponente, altivo, e eu que tenho a mania que controlo e planeio tudo na vida vim aqui parar para resolver uma situação sobre a qual não tenho qualquer tipo de controlo.

Foi este o local que escolhemos para tentar resolver o nosso problema de infertilidade. É deste local que espero sair um dia tão feliz como os meus pais saíram à mais de 30 anos.

O bom filho à casa torna!


sábado, 20 de janeiro de 2018

Memória e memórias

Não sei se isto é normal, mas eu normalmente recordo-me de situações que já aconteceram à muito, muito tempo, mas em conversa com a família ou com os amigos começo a aperceber-me que nem todos se lembram de situações que já vivenciamos, secalhar não deram a mesma importancia que eu a esses momentos, mas o certo é que também me lembro de coisas sem importancia alguma, e sou sempre aquela pessoa que se lembra de praticamente tudo, conversas, situações, tudo bem guardado e arquivado no belo arquivo que tem sido a minha memória.

Numa reunião de família começamos a ver algumas fotos antigas, muitas delas com muito mais de 10 anos e o meu espanto foi enorme porque as minhas tias-avós já não se conheciam a elas próprias nas fotos ou não nos reconheciam a nós. Fiquei num misto de surpresa e tristeza por isso, será que um dia me vai acontecer o mesmo? Dei por mim a dizer à minha mãe que temos que ver as fotos mais vezes para não nos esquecer-mos, mas será isso o suficiente? Eu recordo-me perfeitamente das fotos, de onde foram tiradas, em alguns casos recordo o meu estado de espirito na altura, mas será que vai ser sempre assim?

Lembro-me de ter uns 4 ou 5 anos e a minha bisavó quando queria chamar uma filha ou neta chamava os nome de todas menos da que queria chamar. Agora as minhas tias-avós não se reconhecem em fotos ou não nos reconhecem em pequenos, e eu fico preocupada. Preocupada que tenha a minha memória cheia com coisas e situações sem importância que insistem em cá ficar e que um dia quando tiver a idade delas não me lembre do nome dos meus filhos ou das feições deles quando eram mais novos, que não me lembre de mim mesma e dos momentos felizes que vivi. Preocupada porque a nossa memória envelhece assim como nós e as pessoas que nos são queridas. Preocupada porque sempre dissemos que o que fica são as memórias dos bons momentos, mas será que ficam?




sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Nesta casa



Nesta casa moram 2 adultos e 1 cão. 
Nesta casa há um quarto vazio, mas cheio de sonhos.
 Nesta casa há um jardim grande que anseia ter baloiços e brinquedos. 
Nesta casa mesmo com o passar do tempo continuamos a ser 2. 
Nesta casa sonhamos um dia ser 3 ou 4 ou mais e 1 cão, ou 2 ou mais. 
Nesta casa apesar de todos os percalços somos felizes. 
Nesta casa somos uma família.
 Nesta casa um dia seremos uma família ainda mais preenchida. 
Nesta casa lutamos contra a infertilidade.
 Nesta casa desejamos que 2018 seja o nosso ano.
 Nesta casa temos fé.